quinta-feira, 17 de outubro de 2024

Cultural War: Art’s Expression as Tool - PART 2

In Philippines 4:8, God advises us: “ Finally, brothers and sisters, whatever is true, whatever is noble, whatever is right, whatever is pure, whatever is lovely, whatever is admirable—if anything is excellent or praiseworthy—think about such things.” Reflecting on the verse above, are we seeking for these values when we are entertaining ourselves? Is the music, movies, concerts, plays, dancing, pictures, sculptures reflecting these values? At this instant, while I am typing these thoughts, there are a spiritual world acting around us. There are angels in my and in your house that are protecting us, however, there is also a text in 1 Peter 5:8 that says:  “Be alert and of sober mind. Your enemy the devil prowls around  like a roaring lion looking for someone to devour. Often, we underestimate the power that the devil can have over our lives but he can only act out trough legality. Spiritual beings need spiritual doors to walk in and they are governed by spiritual laws. Regardless of our awareness towards these spiritual doors, it won’t change the fact that they do exist. What could be a spiritual door? Art expression can be a spiritual door. All art expression can be considered as spiritual doors.

domingo, 13 de outubro de 2024

Cultural War: Art’s Expressions as a Tool

 How much of what we are seen related to tragedy in this world are, genuinely, feel by us? Often, we go through our daily lives hearing horrendous news in our screens but, truly, how many of us forget about what we just seen in the next minute? 
Right now, while I am writing these thoughts, a horrific war between Iran and Israel is happening and many of us are living as if nothing is happening. Why is this, I’ve asked myself? And the most logical answer I can think of is we are submerged into a spiritual blindness. 
How can we then be able to reverse this issue? Well, we can start from historical context. 
Throughout the history of our civilization, we’ve seen religious symbols been used to ridicule those whom proclaimed their faith, especially, Christians. In the 80’s, for exemple, we often saw and still see the singer Madonna bringing a sexualized image of Jesus in her video clips and shows among others blasphemies. 
Many art expressions such as music, literature, fashion, painting, plastic arts, theatre inspire us embracing the evil until we can get used to, conforming our souls into these dark psique ideas until we can no longer be able to be sensitive towards them. Now days, bizarres scenes and events do not shock us like used to in the past and this is exactly what we can not loose track of: our past, our history! It’s necessary to know our past in order to not repeat the same mistakes in our present. 
Fashion isn’t a topic of my interest but lately I’ve been watching some of it events that take place in Milan and France. Let’s not forget this: fashion industry plays a huge piece in society, it dictates how society should dressed, how our kids should be dressed and there is always an intention behind each trend, there is always a message to be deliver and implement into society. Recently a known brand was involved in a scandal after clearly associate image of children and sexual items in one of their commercials. It was clearly a pedophilia propaganda. The brand was cancelled for a short period of time, however, soon after, all artists and internet influencers were advertising the brand again. What we can learn from this episode? Little by little and without realizing we are accepting it becoming part of this culture and bringing these ideas to our lives. We need to lift up with beauty, grace against to this dangerous culture and knowledge is our biggest weapon. 
Let’s dig into Greek Mythology to understand how we’ve got here. First, it’s important to know that all art expressions had its origin in the practice of worship. All, there is not exception. 
All art forms were developed exclusively with the intention of cult. Second, it’s also important that we understand that beauty as much as truth are not relative. They are crystal clear as water! With this been said, we need then to live by the truth and the truth is: nothing, absolutely nothing is neutral. Spiritually speaking, nothing is neutral. This does means that a dance, a song, a poem, for exemple, 
are intentionally sending you a message. When we are worshipping our God, we’re invoking His name, we’re invoking the presence of the Holy Spirit and the same way we do when we are playing a song that was not inspired by the things from above, the sacred things, we are also invoking other things.


sexta-feira, 27 de setembro de 2024

Futuros Amantes


Eu já gostei muito dessa música, bem verdade. A letra, melodia e toda a semântica dessa composição me encantaram por quase duas décadas. Hoje, norteada por outros princípios, ela já não me apraz como um dia fez. Mas é verdade que a ideia de um amor que não pôde ser vivido possa ser aproveitado algum dia por outro casal, mesmo depois de milênios, me pareça criativa. 

Foi essa a explicação que o compositor Chico Buarque deu quando perguntado de onde saiu a inspiração para a canção Futuros Amantes: 

“Eu tava mexendo no violão, começando a fazer a melodia, e a primeira imagem que apareceu foi exatamente esta: uma cidade submersa, isolada de tudo. Porque, cantarolando, parecia que a música queria dizer isso. Eu tinha que ir atrás da explicação dessa cidade submersa. Aí eu coloquei os escafandristas, e surgiu a história de um amor adiado, um amor que fica para sempre. Essa idéia do amor como algo que pode ser aproveitado mais tarde, que não se desperdiça. Passa-se o tempo, passam-se milênios, e aquele amor ficará até debaixo d’água. Um amor que vai ser usado por outras pessoas, um amor que não foi utilizado porque não foi correspondido, e então ele fica ímpar, pairando… Esperando que alguém o apanhe e complete a sua função de amor.”

Eis: 🎵 

Futuros Amantes

Chico Buarque


Não se afobe, não

Que nada é pra já

O amor não tem pressa

Ele pode esperar em silêncio

Num fundo de armário

Na posta-restante

Milênios, milênios no ar


E quem sabe, então

O Rio será

Alguma cidade submersa

Os escafandristas virão

Explorar sua casa

Seu quarto, suas coisas

Sua alma, desvãos


Sábios em vão

Tentarão decifrar

O eco de antigas palavras

Fragmentos de cartas, poemas

Mentiras, retratos

Vestígios de estranha civilização


Não se afobe, não

Que nada é pra já

Amores serão sempre amáveis

Futuros amantes, quiçá

Se amarão sem saber

Com o amor que eu um dia

Deixei pra você


Não se afobe, não

Que nada é pra já

Amores serão sempre amáveis

Futuros amantes, quiçá

Se amarão sem saber

Com o amor que eu um dia

Deixei pra você


sexta-feira, 3 de maio de 2024

Águas


Duas Américas 

Dois Sul’s inundados

Sofrimento e agonia 

Vidas encharcadas 

Um só Deus

quarta-feira, 15 de junho de 2022

Le temps


Faz algum tempo que cheguei 

Tanto que passou

que passei 

Tanto pensei 


                                 Corri contra o tempo

E entre um ponteiro e outro 

perdi


        caí


sorri

penei 

ganhei

me ergui 


Há algum tempo, o tempo passou por mim 

Me contou coisas

Desvendou outras 

Me ensinou muitas 

Desaprendi tantas 


Há tempo que cheguei 

Por muito, estive 

parti 

Já não estou 

O tempo moldou

Pouco restou 

Quase tudo mudou 

morri

E somente agora 


eu sou. 


Obrigada Jesus!


Ps. Um “clic” do homem que me amava ontem e me ama hoje.

segunda-feira, 6 de junho de 2022

entreLinhas

O pescador acorda antes do sol e, com o corpo cansado e alma disposta, apanha  seu saco de pescaria e segue para o caminho do mar. Com passos firmes e despretensiosos, assiste ao céu anunciar a transição das estrelas para os primeiros raios da manhã. 

E então, uma aquarela surge em meio ao nevoeiro matinal: tons de lilás começam a escorrer no azul noturno e, de repente, rabiscos rosados vão cortando o horizonte. Um cenário cheio de imagens que só Caymmi sabe cantar. 


Depois de muito caminhar, ele chega em seu lugar sagrado. Ouve gaivotas e a dança da corrente marinha ba

                    ten

                          do nas pedras. 

Escuta grilos e vento derrubando folhas. 

Há cheiro de maresia se entrosando com algumas ervas daninhas. 

Há cantos de bem-🎼 te- vis e papa-🎼capins. 

Gaivotas desfilando sob o mar. 

Encantos de sereias ecoando na maré cheia. 

Um verdadeiro ensaio orquestral. 

Mas o que ouve o pescador além das vozes que o cerca? 


Atento, lança sua vara ao mar. 

Paciente, ele espera. 

Entre suspiros e arremessos, há pausas silenciosas daquelas que pertencem somente  aos que se dedicam a arte de saber esperar. 

Mas há também barulhos internos e alguns monólogos que, quem sabe, o mar compreenda.

O objetivo é o peixe ou a pescaria? 


De repente, ele vê um borbulho na superfície espelhada n’água, a vara começa a inclinar, o olhar está atento e as mãos ágeis estão prontas para o primeiro fisgar da manhã. 

O que agarrou o seu anzol?


O pescador posiciona o corpo e manobra a vara com rapidez. Algo parece ter fisgado a sua isca. Uma luta se inicia. Ele inclina o corpo para trás e o que quer que tenha agarrado o seu anzol, reluta. Quem sabe o maior de todos os peixes que ele tenha pescado. Talvez seja essa a maior vaidade do pescador: pescar  o maior ou ainda, o mais raro peixe do oceano. 


A luta sessa e, cuidadosamente, ele se aproxima da superfície. Lentamente, a maré se acalma e o pescador olha fixamente para o mar e se depara com algo grandioso:


A própria imagem refletida na superfície da água parada. 


O sal do mar é o mesmo que escorre em seu rosto, pescador? 

Qual bússola te guia quando perdes a noção de espaço? 

Para onde o seu olhar cansado caminha  quando os céus já não te explicam os mistérios do tempo? 

Em que porto você ancora a sua alma ao final de cada dia? 


Uma criatura cintilante de cauda gigantesca avermelhada e nadadeiras de cor púrpura, salta sob os olhos do pescador rasgando o mar entre os raios de sol. Então, a sua imagem espelhada se fragmenta entre a maré. Surpreso, ele começa a vislumbrar o show diante de seus olhos: 

Uma espécie rara saltando de dentro de sua alma. 

 

Na moringa, leva pra casa o resultado de sua pescaria: perguntas, recordações, sonhos, um tanto de dores, amores naufragados, a inalcançável busca do homem pelo menino e uma certeza: 


o gosto da vida não está nos resultados mas na preparação. 


(Junho, 2022)




Dedico ao meu amigo Matheus. O único pescador que conheço.