terça-feira, 14 de outubro de 2025
Seriam 66
sábado, 27 de setembro de 2025
Eu entendi
Eu tive a oportunidade de entender quem você era de verdade antes de sua partida. Há muito tempo eu já entendia.
Deus é tão bom comigo, pai…
Eu nem mereço.
sexta-feira, 12 de setembro de 2025
Carta de Mary para Christopher Love
Mary e Christopher Love refletiram a glória de Deus um ao outro, e seu casamento continua sendo um foral apontando o que Deus pretende para o lar cristão. Foram um abrigo de graça um para o outro mesmo nas mais horrendas circunstâncias. Poucos dias antes da morte dele, sua esposa, Mary, escreveu o seguinte para o seu esposo:
Antes de eu escrever qualquer outra palavra, peço que você não pense que é sua esposa, e sim uma pessoa amiga que lhe escreve. Espero que já tenha livremente rendido a esposa e os filhos ao Deus que disse em Jeremias 49:11: “Deixa os teus órfãos, e eu os guardarei em vida; e a tua viúva confie em mim”. Seu Criador será meu esposo, e um pai para seus filhos. Oh, que o Senhor o guarde de ter um só pensamento atribulado por sua família. Você, eu desejo renunciar às mãos de seu Pai, e não ver só como coroa de glória você morrer por Cristo, mas como honra para mim, por ter um esposo para deixar por Cristo.
Não ouso lhe falar, nem ter um só pensamento dentro de meu coração sobre minha perda indizível, mas sim conservar meus olhos fixos no ganho inexprimível e inconcebível. Você só deixa uma esposa pecadora, mortal para ser casada eternamente com o Senhor da glória. Você deixa apenas crianças, irmãos e irmãs para ir ao Senhor Jesus, seu irmão mais velho. Você deixa amigos na terra para ir desfrutar o prazer de santos e anjos, e os espíritos de homens justos já tornados perfeitos na glória. Você só deixa a terra pelo céu e troca uma prisão por um palácio. E se afetos naturais começarem a surgir, espero que o espírito da graça que está em você os abafe, sabendo que todas as coisas aqui em baixo são apenas esterco e escória em comparação com aquelas coisas que há lá em cima. Sei que você conserva os olhos fixos na esperança da glória, que faz seus pés esmagarem as perdas da terra.
Querido, eu sei que Deus não só preparou glória para você, e você para ela, mas estou persuadida de que Ele adoçará o caminho para chegar ao gozo dela. Quando estiver se vestindo naquela manhã, oh, pense: “Estou agora colocando minhas vestes nupciais para ir me casar eternamente com o meu Redentor...”.
Meu querido, com o que escrevo para você, eu não procuro por esse meio ensinar-lhe; porque essas consolações eu recebi do Senhor por seu intermédio. Não vou esquecer mais, nem incomodá-lo mais, mas entregue-se aos braços de Deus com quem, dentre em pouco, estaremos com você e eu.
Adeus, querido. Nunca mais verei a sua face até que ambos contemplemos o rosto do Senhor Jesus naquele grande dia.
Extraído do Jornal Os Puritanos pelo Rev. José Marcos O Silva
domingo, 27 de julho de 2025
Assim na Terra como no Céu
segunda-feira, 23 de junho de 2025
Recomeços
Temos uma murta de crepe do lado de fora da janela de nosso quarto. Essa é a mesma árvore em estações distintas. Esse arbusto que tanto aprecio tem ilustrado acontecimentos em minha vida nos últimos 7 meses. Essa planta tão dinâmica tem mostrado como Deus é misericordioso e perfeito na execução dos planos d’Ele em nossas vidas.
Eu tenho um hábito antigo de recolher-me no inverno, fico para pouquíssimos, é um costume natural. Não tem a ver com ânimo, mas com modos. Eu continuo vivendo tudo igual mas de forma diferente. Há muitos anos eu percebo que, assim como alguns animais e plantas, eu tenho uma vontade involuntária de ouvir mais e falar menos, de ler mais, de criar, de parar e me demorar observando coisas que, em outros momentos, não coloco tanta atenção.
Coisas simples como olhar folhas caindo das árvores, o sol nascendo, a noite chegando, o barulho dos animais lá fora… a introspecção, de fato, toma conta de mim como um animal em pleno processo de hibernação e eu fui aprendendo ao longo dos anos a viver no ritmo invernal que me envolve nessa época.
No meio do inverno, em um dos meus silêncios, perdi de forma inesperada, o meu pai, o primeiro homem mais importante da minha vida. E, de repente, um inverno começou dentro de outro inverno, os dias que eram curtos pareciam não terminar, o céu tão cinzento mais parecia um pântano esfumaçado, os galhos secos das árvores contradiziam os olhos que derramavam lágrimas incessantes e o frio quase não se sentia comparado a dor. Quantas e por tantas vezes não sentei-me olhando para essa árvore e, em orações, agradeci a Deus ainda com a alma embebida de dor?
Depois das folhas outonais, veio o inverno e, em seguida, a primavera. Pouco a pouco os galhos secos da murta crepe começaram a encher de pequenos pontinhos brancos… era o prenúncio da chegada das flores! E, então, a árvore antes seca, foi enchendo seus ramos de folhas e flores. Chega o verão, os ramos parecem mais firmes e viris, as folhas verdes são vibrantes e bem definidas, uma explosão de vida diante dos meus olhos.
Meu pai se foi. A murta de crepe me lembra que toda natureza proclama a glória de Deus e que nada foge dos seus planos, que tudo tem lugar e hora. Como é bom descansar no Senhor mesmo quando sorrimos no inverno e choramos na primavera. Que bom poder recordar, enquanto olhamos flores em um arbusto, que a vida segue e que temos um pastor: Jesus, âncora da minha vida!
 

 
 



