Recuso-me a participar de debates frívolos e mesquinhos de gente que se intitula intelectualizada e que vejo, nas ações, vivem em suas bolhas gritando por uma democracia cuja régua alcança somente o que lhes convém. Recuso-me fazer parte de picuinhas vazias de ideias e cheinhas de adjetivos depreciativos onde, grande parte de quem os profere, sequer conhece a história do que acusam quem dirá o significado do que estão falando, pior, repetindo.
Não é sobre políticos, é sobre ideias. É sobre nossa ética, sobre o que realmente norteia nossa moral e valores. É sobre sermos mais honestos com nós mesmos, sobre sermos menos vaidosos e admitirmos o nosso cinismo. E aí, podemos começar a enxergar com nossos próprios olhos e não sob as lentes do alheio, quem realmente está interessado em representar as nossas ideias.
É fácil atacar quem pensa diferente, mas raramente esses conseguem usar do seu tempo para fazer algo verdadeiramente produtivo. O começo é sempre dentro. A mudança começa sempre numa escala menor.
Enquanto tivermos políticos de estimação, enquanto estivermos somente atacando ou somente defendendo pessoas ao invés de estarmos colocando nossas ideias em prática como prioridade, enquanto estivermos olhando o diferente como se tudo soubéssemos sobre ele, seremos nós os adestrados, seremos nós os governados ao invés de governantes.