Era uma vez uma mulher sedenta.
Sedenta por tudo que possuísse vida.
Som, cheiro, cor, textura e sabor...
Tudo bebia. Em um só gole.
Mas o seu desejo maior era o Oceano.
Longas caminhadas provocava-lhe ainda mais sede. Quanto mais buscava, mais sede tinha.
Um dia, caminhando por caminhos áridos e pálidos, ele apareceu em sua frente:
Grande, transbordante, iluminado pelo sol, cheio de vida, cor, som e sabor.
(...)
E a mulher, inundada de sede, morre frente ao Oceano.