O amor é vermelho e livre de fronteiras, ma cherie.
Tem cheiro de perfume preferido e frutas do outono explodindo sementes em december.
Não carece de passaportes e vistos, sobrevive à saudade.
O amor tem carta verde, mi amor.
Atravessa o La Manche como um falcão sem freios que sedento, conta os minutos para beber o primeiro gole.
Escala o Everest, a Teotihuacan e a Eifeel em busca de atar o olhar que se foi com o outro que ficou.
E continua vermelho e nu. Inteiro.
Viaja nove horas de um ponto a outro, cruza a Alemanha, pega o trem para Madrid, atravessa o Nilo, morre de sede no Atacama e faz promessa para Padim Cicero. Sem GPS. Somente para fazer escala na boca sonhada.
Somente uma escala.
O amor espera contando dias no calendário, my liefdde.
Telefona para ouvir o bocejo costumeiro, o barulhinho de riso faceiro, um meio sussurro, um espirro repentino.Tuita, manda torpedo e depoimento romântico by orkut. Liga webcam e envia beijos, cartas, cartões e postais pelos correios.
O amor atravessa o mundo, Ana.
E não há ciência que explique, Marne.
Sem fronteiras.
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