quarta-feira, 18 de abril de 2012

Pingos


Vão escorrendo pelo vidro da janela
Caindo sem textura pelo chão
Levando poeira
Lavando pensamentos insanos na escuridão
Pingos
Invadindo as frestas das portas
Encharcando fronhas, ninhos e
Minhas miúdas raízes mortas
Pingos
Molhando as roupas do varal
Formando poças
Go

ti

cu

lando no teto sobre as folhagens do quintal

e

em meu rosto, entoando esse acorde perfeito.


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