segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Poema sem nome


Um lado do meu amor
É amendoeira de raiz imodesta
Estoura as calçadas e ruas da cidade
Compromete alicerces, canos e frestas
Com seu tronco viril de mil anos de idade

E o outro lado
Tem copa frondosa e galhos tímidos
Sopra de leve o asfalto, refresca o calor
E derrama sobre os passantes distraídos
Folhas e flores maduras de amor.

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