sábado, 21 de maio de 2011

Falando de adornos

Fonte: Google Image 
                                                                         
Um dia desses, recebi de um amigo o endereço de um sítio virtual que mostrava o trabalho em joias de um designer. Trabalho interessante o desse rapaz. (Jewelry - Otto Jakob) Fiquei entretida observando as peças por um bom tempo. Não precisava entender sobre arte em joias para perceber a minuciosidade com que foi elaborada cada uma, as arrojadas principalmente.
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Não sou apreciadora de joias, não as conheço e nunca tive vontade de tê-las. O que pode me atrair, ocasionalmente, é a arte que pode ser revelada nelas.
Há quem diga que joia expressa um estilo e gosto pessoal. Outros dizem que, usada como adorno corporal, simboliza ostentação à riqueza. E ainda há os que digam que elas podem ter uma representação importante na tradição de família.
Qualquer que tenha sido a representação das joias, elas sempre fizeram parte da história do homem. A História da Arte está aí para contá-la (o que se sabe até então).       

Semana passada, eu estava lendo um artigo sobre mitologia grega e não sei como cheguei a um que falava sobre o uso de joias desde a pré-história aos dias atuais. Artigo muito interessante por sinal.  (ModaSpot.com) Em outros campos, nos quais as artes se manifestaram, as joias também foram instrumentos para expressar e registrar épocas. Na Idade Média, por exemplo, como a influência religiosa foi grande, toda a simbologia cristã aparece em vários campos, como na Pintura, Literatura e Arquitetura. Essa tendência tambem apareceu na joalharia. Santos, escapulários e anjos eram desenhos muito comuns impressos nas joias nesta epoca. 
Cada material, formato, cor, desenho e técnica usada na elaboração desses ornamentos conta a história de um período numa determinada região. Embora as joias tivessem representações distintas, o que é predominante em grande parte dos períodos é o seu uso como símbolo de segregação social. Falando ainda das joias na Idade Média, elas eram atributos de status, revelando classes sociais, pois somente o Clero e a Nobreza gozavam do seu uso. E acho que o "Clero" continua usando seus anéis reluzentes cravados de símbolos que resistem a séculos, tanto quanto os tetos de seus altares reverenciando um God in gold maciço. 
Nos dias atuais, a Índia produz uma inacreditável diversidade de joias, o que faz do trabalho dos ourives indianos um labor “sagrado”  considerado por essa sociedade que aprecia a qualidade e a técnica por eles utilizadas. Lá, a joia tem várias representações, desde a religiosa à de adorno corporal, além de ter a função de identificar os estratos da sociedade.                     Brilho Bijoux          

Falando ainda desse acessório, como símbolo de poder, em algumas regiões da África, entre o século XVIII e XIX, os metais não exportados eram usados na criação de joias para os chefes de tribos e somente eles podiam usá-las.  
E a simbologia da Nobreza continua... aquela tiara de diamantes Cartier que a moça candidata ao posto de princesa da Inglaterra usou na tal cerimônia real diz muito do que joia ainda representa na sociedade ocidental. Ainda ontem, estava lendo uma resenha sobre esse evento. (Com que roupa) Ela sugere um possível significado para cada traje e ornamento usado pelos protagonistas do "big" evento. Desde o vestido da noiva, que, segundo o  autor, foi uma demonstração pública da sobriedade da monarquia em tempos de crise, à farda vermelha do noivo, destacando o poder e a força masculina. Não poderia faltar, claro, o traje amarelo da tal rainha, enfatizando a realeza e triunfo. Tá, entendi!

De ouro, osso, couro ou diamante, os ornamentos fazem parte da história humana, seja por manifestação cultural ou não.
O modo como nos apresentamos fisicamente talvez seja um reflexo de como queiramos que o mundo nos veja e compreenda. Sendo assim, podemos ser, relativamente, uma imagem que diz.