domingo, 6 de janeiro de 2013

Vem


Sai dessa sombra
Vem desnudar comigo essas gotas de sol faiscantes entre os lençóis
Decifra com a sua língua o poema desenhado em meu corpo criado para você recitar

Sai dessa sombra
Vem cravar seu amor nos sete poros carentes de todos os seus
Expele seu prazer sobre minha derme e depois dorme aquele sono de chuva no telhado

Sai dessa sombra
Deixa escorrer desse corpo o sagrado, o pecado, o puro e o sujo
Vem desvendar aquilo que ninguém viu atrás dos meus inúmeros véus

Sai dessa sombra
Vem beber da minha boca o que o tempo deixou derramado

Vem

Vem para viver comigo
o que não foi