quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Amigas/os talentosas/os

Um dia me perguntaram o motivo do meu gosto por filmes tristes.
Eu não sabia como responder a pergunta mas sabia que eu não gostava somente de filmes tristes, gosto de filmes que revelam beleza. 
Os conceitos de arte assim como o de beleza são subjetivos, eu não vou me ater a eles aqui. O que posso dizer é que a arte, de maneira mais ampla, sempre despertou em mim sensação de ressurreição mas sobre essa sensação, posso falar em outra postagem. Hoje, quero falar de amigas/os talentosas/os.
Tenho amigas/os talentas/os. Consigo ver em muitas/os uma capacidade fascinante em desenvolver ideias ligadas a arte que se não estão publicamente reveladas, estão com certeza presentes por onde eles passam.
Por exemplo, tenho um amigo que toca teclado. De baixo do pé de uma mangueira, quando o vento sacode um punhado de folhas secas,  ele recomeça pela derradeira vez o blues do fim da tarde. E eu, sonhando, quase durmo.
Tenho outro amigo que transforma música em imagens. Traços que me levam a lugares que não conheço.  Outro amigo escreve e me põe a refletir de maneira mais profunda sobre o assunto articulado. Uma amiga que imprime emoções em versos. Uma outra que pinta e faz esculturas. Outras/os declamam, fazem rir, cantam, inventam objetos e contam estorias.
Eles/as criam e reinventam sensações e por achar isso belo, a partir de hoje, vou aproveitar esse espaço para "guardar-mostrar" essas belezas.

Adélia Prado explica O Poder Humanizador da Poesia mesmo em contextos tristes, o que me faz compreender de maneira mais ampla meu gosto por muita coisa.